25 de outubro de 2011

AINDA BEM

(...)
Quando ouvi esta música aqui, compreendi (um pouco) as linhas tortas da minha NADA MOLE vida. Parece mágica, minto.
É mágico...

Eu sempre estive com a Varinha de Condão, sempre tive poderes, mas por medo... não usei - Tola.

Hoje, sinto-me realizada, em paz. Estou agridoce, rs. E esta minha realização, não me deixa estagnada, muito pelo contrário - quero mover meus sonhos, ver minha garotinha crescendo, limpar meu quartinho, estudar e aprender, me apaixonar e ser apaixonante p'ra ele e por ele.

Mas decidi que não quero ser "FELIZ". Digo: Sabe esta tal felicidade que uma minoria tosca acredita? então, esta NÃO - PASSO.

Prefiro ser inquieta, preciso de movimento, preciso de perguntas. Preciso ser livre para escolher o que me prende.




Meu amor, TE dedico a música deste post.

21 de outubro de 2011

MARIA SEM CHORAR


[Ao som de Milton Nascimento, acolá]


- Ela foi marcada á fogo
... Mas ninguém diz.


 
Levanta o véu Maria e mostra a cicatriz!




(F.F)

6 de outubro de 2011

NÃO SOSSEGUE:

... continue com fome, continue bobo...




Caros alunos,




Estou honrado de estar aqui, em Stanford, uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade.

E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.



A primeira história é sobre ligar os pontos



Eu abandonei a faculdade depois de seis meses. E por quê? Tudo começou antes de eu nascer.



Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Meus pais adotivos tinham apenas o ensino médio e ela só assinou os papéis da adoção quando prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade.





Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria OK.

Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a freqüentar aquelas que pareciam interessantes.



Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Mas, muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço.



Como eu tinha largado o curso e não precisava freqüentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. E eu achei aquilo tudo fascinante. Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. Foi o primeiro computador com tipografia bonita.

Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador tivesse a maravilhosa caligrafia que eles têm.



É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade.

Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois. Você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás.

Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa - sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.



Minha segunda história é sobre amor e perda.



Começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, ela se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados.

E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou?



Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele.

O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício].

Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo.



Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida.



Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa. Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa. E Lorene e eu temos uma família maravilhosa.



Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça.



Mas estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho.

Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Continue procurando até você achar. Não sossegue.



Minha terceira história é sobre morte.



Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?”.



Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões.

Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante.

Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder.



Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de 3 a 6 semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas - que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.



Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem...



Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.



Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo.

Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpe ser tão dramático, mas isso é a verdade.



O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.



Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Na contracapa da última edição havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro.

Abaixo, estavam as palavras: "Continue com fome, continue bobo".

Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo.

E eu sempre desejei isso para mim mesmo.



E agora, quando vocês começam de novo, depois de finda a etapa anterior, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.



(Steve Jobs)

Minhas Vogais e Consoantes são Altamente Inflamáveis e Ardidas