31 de outubro de 2008

PASSARINHA

POEMINHA DO CONTRA
Mesmo porque eu sou do contra rsrs

Todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão...
Eu Passarinho!



 Mário Quintana

SONETO DE SEPARAÇÃO

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

Vinicius de Morais






[Ao som de Exalta, acolá]

28 de outubro de 2008

NADA COMO O TEMPO

[Me rasgando ao som da música, Oração do Tempo]


Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.



Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

 (Mário Quintana)

MUNDO MANTEIGA

Estou cega. Estou cega ou estou num quarto escuro. Estou num quarto escuro sem paredes nem janelas nem porta nem cama onde me esconder por baixo como quando tinha cinco anos e me descobriam mais uma diabrura. Estou a sonhar, sim. É um pesadelo, pois. E é então que o mundo me foge, o chão fica escorregadio, o mundo é um tapete que me estão a puxar por baixo dos pés. A minha respiração sugada para dentro. Sobressalto, é assim que se chama. Quero fugir, quero fugir pelo pouco mundo que ainda me resta, quero encontrar um cantinho perdido que chegue para o meu corpo onde me possa abandonar. Um último bocadinho de mundo, um último cantinho onde possa ser. Quanto mais corro, mais me sinto a cair a escorregar neste resto de mundo-tapete-rolante-manteiga que se desfaz mais rápido que o desespero das minhas pequenas pernas. As minhas mãos, loucas, teimosas, resistem – não quero cair! –, agarram tudo em volta, mas tudo se desfaz, puxo tudo para o fim comigo, tudo se estilhaça a meus pés. Minhas certezas, porcelana estilhaçada. Estendo as mãos para as prateleiras, sorrisos, palmadinhas nas costas, elogios, o meu nome pelos escaparates. Amigos antigos que nunca me falharam. Tudo cai a meus pés, tudo perdeu a força que parecia imortal, tudo se cansou de esperar por mim, de esperar por mais. E sou puxada do vazio, vem a vertigem do chão, seduz-me desistir, seduz-me o fim. Olho para baixo, o mundo é um tapete colorido abstracto que braços sem corpo puxam, o tapete rasga-se em gargalhadas e cospe fotografias minhas que dançam e se riem à minha volta, fico de pés descalços, nus, frios no chão impiedoso. Os joelhos fracos de tudo acabam por ceder ao chão, abandono-me ao fim, o meu corpo relaxa, suspira, chega, pronto. Rendo-me ao mundo que entretanto me deu tréguas, parou. Silêncio. Agora levanta-te, vá. Ok, eu sei. Não queres.

Letras Soltas

MENINA MULHER

Sou uma mulher que luta,
E uma menina que chora quando perde.
Sou uma mulher que briga,
E uma menina que brinca.
Sou uma mulher correta,
E uma menina travessa.
Sou simplesmente eu mesma,
Nas horas em que erro, ou nas horas que acerto.
Sou igual á você, humana... Ás vezes careta, ás vezes moderninha.
Sou igual a você... Quando sente frio,
Quando sente medo.
Quando sente fome.
Quando sente sede.
Sou igual a você... Que sofre quando perde... Que sorri quando ganha...
Que chora quando simplesmente quer chorar. Não sou perfeita...
Assim como você também não é!

MEU JARDIM



Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho

Estou podando meu jardim...
ESTOU CUIDANDO BEM DE MIM...




Esta núsica do Vander Lee, veio como bálsamo.
Um ReNascer. ReComeçar. E estou fazendo exatamente isso...

DESCUBRA QUEM VOCÊ É...









E Seja de Propósito!

Minhas Vogais e Consoantes são Altamente Inflamáveis e Ardidas