3 de fevereiro de 2009

CORES


Meus enfeites adquiro com a angústia

do momento. E se não são enfeites os meus

efeites, chamem-vos de dessorrisos.

Se azul ou se vermelho, branco ou cores mortas,

minha vida no preto e mais sentida.

Manhã que não termina no cerzir diário

da família estranha (Sensação de não estar aqui).

Sinceras como o silêncio desencantado de um pássaro

estão minhas adornações imprevistas

Seguem minhas não-sim-vontades,

e me lançam contra o que quase-não-sou.

Meus enfeites adquiro com a ruína inconsciente,

e apelo para minhas escondidas naturezas

em orações efifânicas de ares traiçoeiros:

a ausência, Senhor, que cor?
.

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Minhas Vogais e Consoantes são Altamente Inflamáveis e Ardidas