31 de agosto de 2009

FUNÇAO CORPORAL EM RESPOSTA AO FRIO

Arrepio

É quando, por serem tão leves seus dedos conseguem em cada um dos meus poros: Disparar meu desejo...

Função Corporal em resposta ao seu toque ao seu abraço...

Encolher o corpo num arrepio, esperar uma corrente de verbos a saltarem dos teus braços para os meus.

SOPRO



Ai que vontade de Soprar!

:)

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VONTADE


Vontade de te ter nas minhas mãos
Torcer-te
Apertar-te
Machucar-te
e tu sem defesa

Sem vontade de reagir...
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THE END


... Porque o amor se cansou
Acabar é então o preço
Só a tragédia é bonita
Só ela traz outro começo...


VÓRTICE OU SE PREFERIR VÓRTEX



Pandora foi até à caixa e abriu-a: Um vórtex de males tais como a mentira, a doença, a inveja, a velhice, o crime, a guerra e a morte saíram da caixa de forma tão assustadora que ela teve medo e fechou-a antes que saisse o último deles: O mal que acaba com a esperança.
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E TUDO MUDOU...



O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch


Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique,
interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
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"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...


Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado



O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo



O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico

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Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer



Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu



RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos Agora só tocam lira...


A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...


... De tudo.


Inclusive de notar essas diferenças!


Luis F. V
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15 de agosto de 2009

BANDOLINS

Para ler ao som dos Bandolins...


Como fosse um par que nessa valsa triste se desenvolvesse ao som dos bandolins e como não
E por que não dizer que o mundo respirava mais se ela apertava assim seu colo e como se não fosse um tempoem que já fosse impróprio se dançar assim ela teimou e enfrentou o mundo se rodopiando ao som dos bandolins


Como fosse um lar seu corpo a valsa triste iluminava e a noite caminhava assim e como um par o vento e a madrugada iluminavam a fada do meu botequim valsando como valsa uma criança que entra na roda a noite tá no fim, ela valsando só na madrugadase julgando amada ao som dos bandolins



Como fosse um par que nessa valsa triste se desenvolvesse ao som dos bandolins e como não
E por que não dizer que o mundo respirava mais se ela apertava assim seu colo e como se não fosse um tempoem que já fosse impróprio se dançar assim ela teimou e enfrentou o mundo se rodopiando ao som dos bandolins



Como fosse um lar seu corpo a valsa triste iluminava e a noite caminhava assim e como um par o vento e a madrugada iluminavam a fada do meu botequim valsando como valsa uma criança que entra na roda a noite tá no fim, e ela valsando só na madrugadase julgando amada ao som dos bandolins
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Como fosse um par que nessa valsa triste se desenvolvesse ao som dos bandolins
valsando como valsa uma criança que entra na roda a noite tá no fim, e ela valsando só na madrugadase julgando amada ao som dos bandolins...
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"Gosto mais que bala"
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SABE, MENINO!

Somos nós dois
Os primeiros do primeiro tempo
Do primeiro instante, tão lindo esse instante
Que eu guardei no peito e por dentro
Sabe, menino, é tanta promessa, só vendo
Mas tendo cuidado, que dói na garganta
Mas fere é no peito e por dentro
Somo nós dois
E o pigarro do trago mais rouco
Do mundo mais louco Dos "ai, quem me dera!"
Dos fins e dois meios, do intento
Sabe, menino
Enquanto existiu o batente batendo na gente
Mostrando que a vida/briga é ser pedra e semente
Nós fomos
É tanta promessa, só vendo
Mas tendo cuidado que dói na garganta
Mas fere é no peito e por dentro...


(ULYSSES MACHADO)


Você sempre soube, né Menino?!

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EU SOU FESTA


Seja festa
Pro povo em romaria
A quem grita gol e atesta a vitória da alegria
A quem nunca teve e empresta
A quem anda e assovia
A quem falta e a quem resta
Pra quem quer se alegrar

Seja festa
A quem venceu mais um dia
A quem dorme e a quem cansa
A quem ouve a melodia
Pra quem namora e dança
Pra quem vai ter e adia
Pra quem recua e avança
Pra quem quer se alegrar

Seja festa
A quem largou velharia
A quem muda de endereço
A quem ama poesia
A quem já aferiu o preço
A quem quase desistia
A quem já se olhou do avesso
Pra quem quer se alegrar

Seja festa
A quem ama bateria
A quem toca flauta e encanta
Quem nunca encantaria
A quem já não cabe e é tanto que já não caberia
A quem ama bicho e planta
Queima a dor
Começar, recomeçar

Seja festa
Pra quem vem da boemia
Pra quem olha o mundo e canta o prazer à revelia
Pra quem liga o rádio e espanta a tristeza e a quem varia
A quem velho e a quem criança
Pra quem quer se alegrar... (Montenegro, O)

(Eu sou festa!)

HERÓI


Quem pagou seu quinhão
Tem direito a fugir
Para frente ou pra traição
Se deixou ir
Quem levou pela mão
A mão de alguém porque quis
Como mãe como paixão
Vai ser feliz!
Quem andou no escuro
Vai ter faro e ouvir melhor
Tem direito ao descanso
Vai ter férias da dor
Quem gritou pelos bares
Que amava
(e amar dói)
Nos livrou do bom senso
Nos salvou do juízo
É um herói
Todo encontro é cordão
Nos ligando ao que vai
Todo encontro é vagão
De um trem que sai...

ESTRADA NOVA



Eu conheço o medo de ir embora
Não saber o que fazer com a mão
Gritar pro mundo e saber
Que o mundo não presta atenção
Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça, a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar
O sol já nasceu na estrada nova
E mesmo que eu impeça, ele vai brilhar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar
Eu conheço o medo de ir embora
O futuro agarra a sua mão
Será que é o trem que passou
Ou passou quem fica na estação?
Eu conheço o medo de ir embora
E nada que interessa se pode guardar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar

(Já Passou...)

8 de agosto de 2009

CONTOS DE FADAS



“Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles.
Eu não podia saber, ele não falava.
E, depois, ele não veio mais.
Eu dava um cavalo branco para ele, uma espada,
Dava um castelo e bruxas para ele matar,
Dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse,
Fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros,
Com as cascas dos cocos,
Até com a minha carne eu construía um cavalo branco
Para aquele príncipe.
Mas ele não queria, acho que ele não queria,
E eu não tive tempo de dizer que
Quando a gente precisa que alguém fique
A gente constrói qualquer coisa, até um castelo.”





"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'"


Caio Fernando Abreu
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APRENDI...


Que amores eternos podem acabar em uma noite.
Que grandes amigos podem se tornar ferrenhos inimigos.
Que o amor, sozinho, não tem a força que imaginei.
Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade,
Afinal gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos.
Que confiança não é questão de luxo, e sim de sobrevivência.
Que os poucos amigos que te apóiam na queda,
São muito mais fortes do que os muitos que te empurram.
Que o "nunca mais" nunca se cumpre.
Que o "para sempre" sempre acaba.
Que vou sempre me surpreender.
Seja com os outros ou comigo mesma.
Que vou cair e levantar milhares de vezes
E mesmo assim, ainda não terei aprendido tudo.
Eu quero é mais rsrs... Sempre Mais!

1 de agosto de 2009

SÓ EU SEI

Só eu sei da minha tristeza.
Só eu sei da minha dor.
Só eu sei da minha verdade.
Que não se esconde, para agradar ninguém.
Só eu sei da dificuldade que é caminhar...
Depois de cair de um lugar tão alto.
E mesmo sangrando por dentro, resistir.
Só eu sei como dói lembrar.
Do que poderia ter sido e talvez não será.
Só eu sei a força que tenho que fazer para de novo levantar.
Só eu sei!
Só eu e mais ninguém.

Só eu sei de tanta coisa...
Mais só eu sei também que estou me divertindo e basta!
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Um beijo rs
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Minhas Vogais e Consoantes são Altamente Inflamáveis e Ardidas