2 de setembro de 2009

AVULSO

Gosto assim...



“O meu amor me ensinou que sonho é pra se realizar, porque senão a gente fica só na vontade e isso é coisa de gente mimada e chata. O meu amor me ensinou que beijo tem que ser longo e apaixonado, como se a vida fosse uma eterna e bonita despedida no portão de casa. O meu amor me ensinou que televisão de noite se vê de luz apagada, porque a lâmpada esquenta e pode deixar o quarto uma sauna. O meu amor me ensinou que o leite se toma sempre gelado, que o feijão fica sempre por baixo e que batata só serve se for frita e com sal. E que churrasco é paraíso, que guanará é uma delícia e que pudim tem que ter um misterioso ponto todo especial. Ele me ensina o mundo ao seu modo e às vezes eu me canso de aprender. Às vezes eu finjo que esqueço. Às vezes eu esqueço mesmo e o que sobra é uma avalanche de reclamações vindas por todos os lados, que na maioria das vezes eu até acho engraçado. Porque até como reclamar o meu amor tem me ensinado. O meu amor me ensinou que beleza não põe mesa e que um coração sincero pode iluminar toda uma sala com apenas um sorriso. O meu amor me ensinou que música é bom de qualquer jeito e que às vezes uma voz pode até atrapalhar. O meu amor me ensinou que o futuro não está tão distante, que o presente serve pra muita coisa e que fé não é só uma palavra bonita de duas letras. Porque o meu amor me ensina a cada dia como é ter fé nas coisas e nas pessoas e porque pra mim ele é o maior exemplo de sucesso em andamento. Shopping em expansão. Integrante novo em banda. Pé de criança. O meu amor me ensina a cada dia como faz pra ter esperança sem a gente ter que esperar que o mundo nos dê um presente de volta. O meu amor me ensinou a abrir uma linda porta pra onde eu quero olhar para o resto dos meus dias.”












"Ainda bem que você vive comigo." (V.M)

Sei lá...








"Eu quis tanto um amor e ele veio. Mas agora como faz pra trazer de volta a poesia?"









"Tem horas que a gente se pergunta porque é que não se junta tudo numa coisa só." (F.A)





"Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior." (F.A.)











Quando a imagem desfocar,
Quando o soluço passar,
Quando a vontade deixar de ser necessidade,
Quando eu puder enxergar,
Eu prometo que conto.



Um Beijo...






"Que o teu afeto me afetou é fato Agora faça-me um favor..."




Nem tão doce, enjôo
Nem tão salgado também...

Gosto do cítrico e do ácido no meio da línguaaaaa.
Dentro de um beijo!














"Ela que descobriu o mundo
E sabe vê-lo do ângulo mais bonito
Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes
Sente e vive intensamente
Aprende e continua aprendiz
Ensina muito e reboca os maiores amigos
Faz dança, cozinha, se balança na rede
E adormece em frente à bela vista
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda"

(Nando Reis/ Marisa Monte/ Jennifer Gomes)
.
..

Estou fazendo meu caminho, pintando da cor mais bonita.
Estou alegre, sim! Se sou feliz?

Isto é papo para um outro dia. rs

Descobrir o verdadeiro sentido das coisas...
É querer saber demais."










Nada disso é motivo pra ter ficado tão longe.
Distância é coisa que não se explica.
Só se perdoa.
Tenho estado longe de tantas coisas que eu não gostaria.
Desculpe pela demora. Ela não tem razão de ser.




















Os dias têm sido propícios...


Eu me mudei. Alonguei os cabelos. Gastei um pouco de dinheiro. Queria ter comprado um carro (Aquele carro). Fui para balada, mesmo sabendo que é coisa de gente triste, rs. Fiquei feliz... Quase terminei meu namoro. Fui chamada pra dar aula no Estado, perdi. Comecei a monografia, como tantas outras... Pintei um novo quadro, na verdade ficou horrível. Comprei mais um vestido. Pedi um cartão de crédito (Que por sorte não chegou!). Atualizei meu endereço. Me decepcionei com um amigo. Me encantei com outro. Passei mal nas tardes de calor. Adorei andar de carro no frio. Visitei um novo shopping. Fui ao cinema sozinha tantas vezes. Me acabei numa festa ridícula. Trabalho quando quero (Pura viagem, estou trabalhando bem mais. E gosto disso!). Ás vezes consigo até trabalhar em casa. Fiquei longe do computador e dos meus alunos.
Mas isso você já sabia.











"E passa horas a admirá-lo. Ele e sua barba. A barba. O dono da barba que é dela. Aquele complexo vitamínico de pêlos muito negros a penetrarem na pele que não é dela. Fio que é muito escuro. Traço firme no desenho do rosto de linhas retas. O sol traz o desbotado e uma festa colorida se faz nos tons daqueles fios bem firmados. Negros que se fazem ruivos que se fazem claros. É bonito o seu traçado e chega a ser poético a união daqueles traços todos. Sempre unidos num mesmo sentido. Apontando para uma só direção. Ela passa a mão nos fios dele como menina que descobre pelo macio do gato. Bonito de tocar. Macio de ver. O fio tece sobre ela um encanto ainda não cultivado que ela não sabe entender. A barba. O fio que cresce até onde chega a tesoura. Medida que ninguém sabe qual é a exata. Ele experimenta. A pele reclama. Folia vermelha na imensidão esverdeada. Diversão garantida de suas tardes ensolaradas. A pele. O fio. A barba. Anda muito apaixonada por esses dias."










"É dentro de casa que o céu começa." (Pe. André Luna)



O meu amor anda tão perdido de mim que eu tenho medo de que ele não volte pra casa."








É sempre muito triste quando um amor se acaba. Ou quando dois corações se perdem. Ou quando duas pessoas se desencontram. Ou quando tudo isso acontece ao mesmo tempo sem nem mesmo dar tempo de se olhar pro lado. Sem dar tempo nem da gente respirar. Porque não há nada mais triste do que um amor que chega ao fim. Não há nada mais triste do que aquele sentimento estranho de perda de alguém que não se imagina. De despedida que sempre parece ser antes da hora. Porque o amor dói quando se descola do peito e aderência tardia é coisa difícil de se lidar. Ardência de praia que chega só depois do banho, por mais que você tenha usado protetor solar. Sangue pisado no dedo que você só vê dias depois da topada. Corte feito com papel fininho que dói como se precisasse de ponto. Mas tudo isso é fichinha perto de um coração partido. Porque um amor quando se acaba é como flor que seca. Um jardim que é cimentado. Uma construção antiga que é demolida. E viver no deserto já faz tempo que não é a minha praia, apesar de saber o quanto é difícil ver um amor chegar ao fim. Porque amor que se acaba é antônimo de milagre. É tristeza certeira a desabar todas as tardes. É enchente de verão que derruba sem pestanejar. O que sobra é o buraco deixado pelo vazio que se faz quando um amor se acaba. Como horizonte infinito que a gente cansa de querer olhar. Porque chega o momento em que tudo cansa. Desiste-se do beijo. Do abraço. Da alegria. Porque não há nada mais triste do que um amor que se transforma em bom dia. Intimidade que vai para o espaço deixando uma onda de desconforto em cima de tudo o que ficou. Mais triste que um amor que se acaba é olhar e ver que o seu amor se acabou."














Linguagem e a vida são uma coisa só. Quem não fizer do idioma o espelho de sua personalidade não vive; e como a vida é uma corrente contínua, a linguagem também deve evoluir constantemente. Isso significa que como escritor devo me prestar contas de cada palavra e considerar cada palavra o tempo necessário até ela ter novamente vida. O idioma é a única porta para o infinito, mas infelizmente está oculto sob montanhas de cinzas."
(João Guimarães Rosa)













("Um par" - Rodrigo Amarante)

"Mesmo quando ele consegue o que ele quis
Quando tem já não quer
Acha alguma coisa nova na tv
O que não pode ter
E deixa de gostar
Larga mão do que ele já tem
Passa então a amar
Tudo aquilo que não ganhou"
















"Você é a serenidade que eu preciso pra terminar o meu dia com calma. O céu limpo da minha tempestade não anunciada. Você é o trânsito livre da minha estrada cheia de intervenções. O ar condicionado pro meu calor infernal de dezembro. Você é aquele texto que eu esperei com tanta impaciência. O sabor delicado de meus dias tão sem sal. Você é a música do meu silêncio triste. O compasso sincopado a enfeitar meu ritmo sem maiores cadências. Você é a estrela amarela do meu quadro sem maiores nuances. O caminho desenhado no meu chão de rabiscos tão abstratos. Você é o grau pra minha miopia há muito instalada. O detalhe que traz pra perto o que há de melhor em mim e aqui."
Obrigada sempre. Beijo.


















"Minha beleza não é efêmera como o que eu vejo em bancas por aí. Minha natureza é mais que estampa é um belo samba que ainda está por vir bobagem pouca - besteira recíproca nula - a gente espera mero incidente - corriqueiro ser mulher - a vida inteira"
(Céu)











Solte os cachorros...
Pegaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa




"Solte os cachorros, solte. Se despeça das delicadezas. Se regozije com as vilanias. Solte os cães, os gatos e os pardos. Se livre das pequenas rebeldias. Derrube o tabuleiro. Seja leviana. Peça a sua conta. Rode a baiana. Quebre o silêncio com teu grito de agora. Jogue longe a bagagem outrora estranha e junte seus trapos junto à Caixa de Pandora. Siga a luz desses faróis que te levarão para uma outra estrada. Jogue fora o anel, a faca e o chão. Se esvazie de tudo o que for de bom tom. Se abasteça com o sol forte nas palmeiras. E veja quão felizes são as bandeiras vermelhas. Desarrume o quarto. Perca um sapato. Não compre na promoção. Fure o pneu do carro. Fume um maço de cigarro. Morra de inanição. Sinta um pouco de inveja. Chegue atrasado na festa. Saiba dizer não. E aprenda que o certo e o errado são conceitos do passado em busca de perfeição. Duvide da dúvida. Sobre a cama jogue a toalha ainda úmida. Esqueça da data marcada. Vire a pequena jangada que virou essa sua vida sem direção. Suma sem paradeiro. Esqueça qualquer orientação. Porque difícil é encontrar beleza no trevo da sorte da palma da sua mão. Quem sabe assim não aparece pra você o anjo que guarda toda e qualquer inspiração?"














"Eu escrevo e te conto o que eu vi e me mostro de lá pra você.
Guarde um sonho bom pra mim.
Se alguém numa curva me convidar!

Eu vou lá...

Que andar é reconhecer Olhar."




(Rodrigo Amarante)













"Os livros são objetos transcendentes / Mas podemos amá-los do amor táctil Domá-los, cultivá-los em aquários / Em estantes, gaiolas, em fogueiras Ou lançá-los pra fora das janelas / Talvez isso nos livre de lançarmo-nos Ou o que é muito pior por odiarmo-los / Podemos simplesmente escrever um: Encher de vãs palavras muitas páginas e de mais confusão as prateleiras."
(Caetano Veloso)





















"Não sou eu que me faço voar. O alto é que me voa."




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Minhas Vogais e Consoantes são Altamente Inflamáveis e Ardidas