20 de julho de 2010

CALÍGULA

Assisti na última sexta feira, em Natal num teatro maravilhoso "Alberto Maranhão" á peça Calígula. Conta a história de um imperador romano que, movido pelo desespero existencial, virou um tirano cruel, nomeou senador seu cavalo, deserdou patrícios em nome do Estado, torturou seus opositores, violentou suas mulheres e ainda abriu um bordel público com as viúvas de suas vítimas. Thiago Lacerda é, a partir de hoje, Calígula, o insano imperador visto pelo escritor e dramaturgo argelino Albert Camus (1913-1960) numa releitura mais que livre de Suetônio. Justo. Também Suetônio foi muito mais um contador de casos que historiador e mesmo Camus jamais pretendeu escrever uma peça histórica. Apenas aproveitou o anedótico do panfleto biográfico de Suetônio e fez dele um tratado niilista, a despeito de jamais assumir sua peça como filosofia. Mas é. Calígula é Nietzsche relido pelo pied-noir Camus.

Estas fotografias são da peça, olha que lindas!

Amei, minto... Amamos, minha filha ficou em extase!



















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Minhas Vogais e Consoantes são Altamente Inflamáveis e Ardidas