5 de março de 2009

CUIDADO! NEM TÃO FRÁGIL ASSIM...

O que eu guardo nessa caixa?
É segredo. Coisa minha.
Pára.

Não insista.


Aqui guardo o que não se mostra.
O que ninguém jamais viu.
As lembranças abandonadas e as vontades esquecidas.
Os sonhos que nunca viveram.
As verdades nunca ditas.
E as mentiras juradas.
Guardo aqui as ilusões.
Os rancores e os amores.
Os sentimentos dissimuladosE as paixões dizimadas.
É aqui que escondo as lutas que não lutei.
Os caminhos perdidos e as trilhas jamais trilhadas.
Os mapas rasgados.E as aventuras divagadas.
Aqui oculto o que me devora...
A fome desnutrida e a sede não saciada.
O desejo proibido
E as aspirações censuradas
Abrigo aqui os gritos abafados
O verbo desconjugado.
Os detalhes não notados.
E a palavras encurraladas.

O que eu guardo nessa caixa?
Guardo o medo e a máscara

e Pronto!



(L. Cecchini)
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Minhas Vogais e Consoantes são Altamente Inflamáveis e Ardidas