3 de fevereiro de 2010

AGUA DE ANNIQUE



Perdí um cd raro que eu passei anos procurando, que aliás, só fora lançado em outros países. "perdí, perdí!"

Aí eu choro, mas não choro pelo cd que se foi, choro por não saber cuidar direito das minhas coisas, por criar tamanha ligação com aquilo a ponto de pensar que andará atrás de mim por onde eu for, como se tivesse um imã, como se nunca mais fosse sair dalí, como se ninguém mais fosse pegar.

Choro pelo tamanho do meu azar e da minha desgraça. Perder minhas coisas por achar que elas estão presas a mim com cordas e, que nunca vão se soltar mesmo que eu ande por vales secos ou molhados ou corra ou puxe agressivamente.

Tão segura, achando que era só ir lá e comprar, passar dias ouvindo e depois deixar em cima da mesa, por..., era meu, o que mais eu poderia querer? Estava lá e nada ia tirar do lugar.

Errou Katezinha, de tanto ficar lá, vendo você passar sem se importar, ele criou vida própria repentinamente, criou pernas e saiu andando, dando um adeus sem volta.

Aí eu fico aqui, choro pela minha desgraça, por não saber guardar e cuidar do que é meu. Nunca soube talvez(...) Aí eu fico aqui, sem saber se vou ter coragem de comprar outro cd um dia, sem saber se vou ter aquele cd novamente, ele é muito raro, muito caro, talvez não...







"Era tão segura de sí, que a segurança se transformou em descontrole"

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Minhas Vogais e Consoantes são Altamente Inflamáveis e Ardidas