1 de fevereiro de 2010

HISTÓRIA


Você também sentiu dor e a sua dor também me dóiA, mas por ser sua do que por ser dor. E se eu disser de novo a palavras saudade vou estar abusando das letras. Não vivemos o que tínhamos para viver e essa sensação é bolo que não assou, é chuva que não choveu é latido sem som. Tivemos boa vontade, mas ditados já dizem que delas todo lugar está cheio e não somos pessoas de qualquer lugar. Temos os nossos. Isso podemos dizer que fizemos: construímos histórias em lugares, tantos deles, muitos deles, vários deles... Não paramos porque o movimento nos fazia amor e quando paramos o amor acabou. A nossa música ainda toca, eu tenho ela aqui. E lembro da primeira vez que você me disse três palavras juntas. Eu estava girando. Hoje giro, mas não com o som da sua voz... há outras vozes. Hoje ando em linha reta e me pergunto quem foi que me disse que era pra andar assim, então faço curvas, graça. Lembro de você com fome! Somos pessoas de fome, não é? E saudade (aí vai ela) é fome que não se mata. Até te ver (mas não quero mais te ver, não há vontade!). Eu sonho outros sonhos e você vive outra realidade. Roda Gigantes de tamanho que subestimamos. Já disse que você usava shorts e eu saia rodada, fomosinfantismenino, fomos infantis e agora é viver de gotas que escorrem e de fumaça que pensam em nós. Porque nossa história agora é história.

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Minhas Vogais e Consoantes são Altamente Inflamáveis e Ardidas